sexta-feira, 13 de março de 2009

Meus amigos do Vinho, o que acha desta matéria!!!

Oa maiores vendedores do mundo Autor: Dionísio (Bacco&Bocca)

O grande milongueiro do vinho nacional, sem dúvida, é o Dani-Elle
O maior narcisista das vinhas gaúchas produz um vinho tormentoso que, em seus delírios megalomaníacos, é por Elle pretensiosamente apresentado como: “Vinho de Autor”.
O Dani, que é um tremendo cara de pau, tenta vender, para os incautos, um vinho, nada além de potável, como se fosse uma obra prima da enologia mundial.
Marqueteiro experiente percebeu que há inúmeros trouxas, quase, amestrados por uma propaganda eficiente, que não relutam nem um segundo em desembolsar R$ 80 por um Lote 43, R$83 por um Cave Geisse Rosé, R$ 104 por um Chardonnay Villa Francioni, R$ 115 por um Don Laurindo reserva e, finalmente, incríveis R$ 198 por um Nebbiolo da Carraro.
Aqui, com o preço indecente deste Nebbiolo, eu paro para fazer uma reflexão.
Há duas castas que raramente produzem bons vinhos fora de seus terroirs de origem: Pinot Noir e Nebbiolo.
O Pinot Noir, na Borgonha e o Nebbiolo, no Piemonte, são uvas que dão, sem sobra de dúvida, vida a alguns dos melhores vinhos do planeta.
A Carraro, que iniciou sua aventura vinícola em 2004, deve ter descoberto, no sul, um pedaço de terra realmente único e mágico ou, então, percebido que há um número suficiente de bobocas os quais não titubeiam e desembolsam com naturalidade 198 R$ por um Nebbiolo gaucho.
Para que se tenha idéia do escandaloso preço praticado por esta empresa , sem nenhuma tradição vinícola, o Barolo Dagromis, do Angelo Gaja , custa, na Itália, 48 € (aproximadamente 160 R$)
Gaja é, pasmem, o nome mais importante da moderna Itália vinícola.
Reconhecido e elogiado mundialmente, nasceu numa vinha em Barbaresco, produz os mais renomados vinhos do Piemonte, mas deve ser um perfeito idiota que, além de não saber produzir bons Nebbiolo, não os sabe vender.
O Angelo Gaja deveria urgentemente fazer um curso com os produtores gauchos para aprender como se produz e se vende vinhos.
Os produtores nacionais, que constantemente estão de pires na mão pedindo ajuda e redução de impostos ao governo, têm a coragem de praticar preços estrelares por vinhos quase sempre ridículos.
Ridículos na qualidade e mais ridículos, ainda, no preço.
Antes de voltar para aquele que tem a cara de pau de se auto eleger “Produtor de Vinhos de Autor” vou comparar os preços de alguns vinhos para que os leitores possam perceber quanto os vinicultores nacionais metem a mão em nossos bolsos praticando preços absurdos por garrafas nada além de sofríveis.
Com os 80 R$ gastos na compra de um Lote 43, os franceses compram um
Chateau Domeyne Cru Bourgeois.
Se o amigo acabou de adquirir uma garrafa de Cave Geisse Rosé por módicos 83 R$ saiba que um colega seu, que estava passeando em Paris, acabou de entrar numa enoteca e colocar na sacola uma garrafa de Champagne rosé Paul Bará por 92 R$.
Você que está eufórico por ter conseguido comprar um Chardonnay Villa Francioni por insanos R$104 vai ter um ataque cardíaco ao saber que no mesmo instante um brasileiro, que estava passeando por Vergisson, saiu de uma enoteca com um Pouilly-Fuissé Bouchard 2004 embaixo do braço tendo gasto apenas 58 R$.
Mais enlouquecido estará, neste momento, o amigo que acabou de torrar 198 R$ para poder degustar um Nebbiolo da Carraro e saber, através de um amigo, que é possível comprar no Piemonte:
1 Barbaresco Moccagatta Bric Balin por 90 R$
1 Barolo Conterno Bussia Soprana por 150 R$
1 Barolo Rinaldi Brunate por 102 R$
1 Nebbiolo Perbacco Vietti por 48 R$
1 Barolo Ratti Marcenasco por 120 R$
Os parvos, que gastaram uma grana preta para comprar vinhos nacionais (fabricados?) nada além de potáveis e que acabaram de ler o comparativo acima, certamente perceberam que os sortudos Italianos e franceses, gastam muito menos para beber muito melhor.
Os mesmos parvos deveriam parar de comprar os importados e prestigiar sempre mais os vorazes empresários do mundo vinícola nacional (já imaginaram o quanto aumentarão de preço os vinhos nacionais se o dólar continuar nas alturas?).
Nos, que já somos orgulhosos por produzir o segundo melhor espumante (hahahahaha) do mundo, temos agora o mais caro Nebbiolo do planeta.
Apesar de ainda não ser uma potência (não é fácil competir com os cardeais do vinho nacional), o Dani-Elle consegue se destacar no cenário vinícola brasileiro, não pela qualidade de seu tormentoso vinho, mas pela incrível capacidade marqueteira.
Quando acredito, que o Narciso do mosto nacional, esgotou todas as suas firulas, Elle , numa jogada genial, lança: “Venda em Primeur”.
Os parvos consumidores de Nebbiolo de 198 R$ são os prováveis compradores do mais novo rebento do “Projeto Torturas” (ops) Tormentas.
O Dani compra as uvas da Carraro e nada mais justo que Elle também procure um lucro imenso com sua “Venda em Primeur”
Na próxima semana mais detalhes sobre mais esta jogada do irrequieto Narciso das vinhas gaúchas.
Dionísio.
PS Para se produzir uma garrafa de vinho são necessários, aproximadamente 1,4 kg de uva cujo custo/quilo não ultrapassa os 2/3 R$. Adicionando vidro, etiqueta, rolha, embalagem , os vinhos nacionais e olímpicos, acima relacionados, custam , quando prontos , 8/10 R$... e os produtores gaúchos ainda pedem ajuda ao governo

matéria Dionísio
originária de Bacco&Bocca

3 comentários:

  1. Prezado Personal Wine ,esta matéria deveria ser reproduzida no seu blog como originária de Bacco&Bocca .
    Eu, Dionísio ,a escrevi ,mas faz parte do acervo do nosso blog.
    Por favor corrija.
    Abç.
    Dionísio

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  2. Bom dia, meu amigo peço-lhe desculpas, pos recebi a matéria por e-mail.Bom fim de semana
    Gerson.'.

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  3. Dica importante de gramática: quando a frase for interrogativa, deve terminar com "?" e não com "!".

    Leitura indispensável, considerando o teor do texto:
    Título: Gramática Houaiss da Língua Portuguesa - Conforme a Nova Ortografia
    Autor: Azeredo, José Carlos de
    Editora: Publifolha

    Não deixe de ler!

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