quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vinhos Verdes ...


A cultura da vinha tem remotas tradições na Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Apesar da mais antiga menção conhecida ao Vinho Verde se encontrar num documento datado de 1606, passado pela Câmara do Porto, a dimensão comercial do Vinho Verde apenas surgiu verdadeiramente no século XX. Foi nessa altura que, pela primeira vez, se definiu em termos legais, o que mais tarde se entenderia por Vinho Verde e se delimitou a sua Região produtora (1908), se regulamentou o seu comércio (1922) e, finalmente, se criou a sua Comissão de Viticultura (1926).
Apenas mais tarde, em 1949, viria o reconhecimento da Denominação de Origem do Vinho Verde pela OIV (Office International de la Vigne et du Vin) e, posteriormente, em 1973, o registro internacional desta Denominação de Origem, na OMPI (Organização da Propriedade Intelectual), em Genebra.O reconhecimento e o registro internacional da Denominação de Origem constituem como que um corolário, quer na adaptação das castas e técnicas culturais, quer no esforço de sistematização das características próprias e diferenciadas do Vinho Verde. A Denominação de Origem veio assim conferir, à luz do direito internacional, a exclusividade do uso da designação Vinho Verde a um vinho com características únicas, já consagradas por uma longa tradição e associá-la a uma região produtora bem determinada e inconfundível, a Região do Minho.
A atual Região Demarcada dos Vinhos Verdes estende-se por todo o Noroeste do país, pouco abaixo da fronteira espanhola, zona tradicionalmente conhecida como Entre-o-Douro-e-Minho.Tem como limites geográficos, a norte, o Rio Minho, fazendo fronteira com a Galiza (Espanha), a nascente e a sul zonas montanhosas, que constituem a separação natural Entre-Douro-e-Minho Atlântico e as zonas do país mais interiores, de características mediterrânicas e, por último, o Oceano Atlântico, que constitui o seu limite poente.
O clima da Região é fortemente condicionado pelas características orográficas e pela organização da sua rede fluvial. O aspecto mais marcante é o regime anual da chuva, que se caracteriza por uma média total anual bastante elevada, sensivelmente de 1500 mm, e uma irregular distribuição ao longo do ano, concentrada majoritariamente no Inverno e Primavera. Relativamente à temperatura média anual, esta pode ser considerada não excessiva, o que se traduz num regime de clima ameno.
Os solos, na maior parte da Região, têm origem na desagregação do granito. Caracterizam-se, em regra geral, por apresentar pouca profundidade, texturas predominantemente arenosas a franco-arenosas (ligeiras), acidez naturalmente elevada e pobreza em fósforo. Os níveis de fertilidade são naturalmente baixos, porém, dada a natureza dos sistemas agrários praticados nesta Região, os solos apresentam uma considerável fertilidade adquirida. O segredo desta fertilidade poderá resumir-se a dois principais tipos de intervenções do homem em condições naturais, pelo controle do relevo através da construção de socalcos e pela incorporação intensiva de matéria orgânica no solo.
As castas da Região e, apenas cultivadas no Noroeste Ibérico, são consideradas autóctones. Estas constituem um dos fatores que traduz com maior intensidade a especificidade do Vinho Verde, para além de ajudarem na distinção das suas Sub-Regiões (Monção, Lima, Basto, Amarante, Ave, Baião, Cávado, Paiva e Sousa).



1) Sub-Região de Monção



2) Sub-Região de Lima



3) Sub-Região do Cávado



4) Sub-Região de Ave



5) Sub-Região de Basto



6) Sub-Região de Sousa



7) Sub-Região de Amarante



8) Sub-Região de Paiva



9) Sub-Região de Baião


Belos vinhos, para um bom gosto...

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