sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Bom fim de Semana, beba bons vinhos....


Casa de Sarmento Grande Escolha Alentejo 2006

Produtor: Casa de Sarmento
Região: Alentejo
Castas: Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Trincadeira Preta e Caladoc
Teor Alcoólico: 13,5% vol.

Notas de prova: Este exuberante Grande Escolha, apenas produzido em colheitas excepcionais, é elaborado com as castas Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Trincadeira Preta e Caladoc, na Herdade da Defesa de Barros, Avis, Sub-Região de Portalegre. É um vinho que expressa notoriamente as principais características das castas que o compõem. Da Touriga sentem-se os taninos bem personalizados, da Alicante a finesse, da Trincadeira o caráter resinoso e da Caladoc a robustez.Apresenta uma tonalidade rubi profunda, de aspecto limpo e aroma bem suave, que após leve agitação se destaca, sobressaindo, então, um amplo e generoso aroma, marcado por notas de madeira e frutas vermelhas bem maduras, como framboesa. É um vinho equilibrado, harmonioso, encorpado, com 13,5% vol., bem estruturado e com longo final de boca. Apresenta boa complexidade gustativa, que contribuirá para a sua evolução em garrafa. É, sem dúvida, um vinho com um ótimo potencial de envelhecimento.

Harmonização: Queijos curados de pasta dura, de cabra ou ovelha acompanham na perfeição este Grande Escolha. Pratos fortes e condimentados em geral, aves de capoeira, caça de pelo, rodízios, assados em geral, como borrego ou porco assados, porco frito ou grelhado, entrecosto, febras ou costeletas e todo o tipo de embutidos são igualmente um ótimo acompanhamento para este tinto de excepcional qualidade.

Temperatura de Serviço: Deverá ser servido a uma temperatura de 16 a 18 ºC

R$ 56,50




Alentejo



O Alentejo é uma das maiores regiões vitivinícolas de Portugal, onde a vista se perde em extensas planícies que apenas são interrompidas por pequenos montes. Esta região, quente e seca, localizada no sul de Portugal, beneficiou de inúmeros investimentos no setor vitivinícola que se traduziu na produção de alguns dos melhores vinhos portugueses e consequentemente, no reconhecimento internacional dos vinhos alentejanos.
Hoje, o Alentejo tem um enorme potencial na produção vitivinícola, todavia a região nem sempre contou com o apoio das políticas agrícolas nacionais. Devido às especificidades do clima, solos pobres e estrutura agrária (grandes propriedades), as principais produções do Alentejo sempre foram os cereais, a oliveira, o carvalho e o gado. Durante as primeiras décadas do século XX, o governo tencionava fazer do Alentejo o "celeiro" de Portugal, por isso a cultura do milho foi amplamente divulgada. O vinho tinha uma importância diminuta e destinava-se essencialmente ao consumo local. A vinificação era realizada segundo os processos tradicionais herdados dos Romanos e a fermentação realizava-se em grandes ânforas de barro.
Nos anos 50, foi criada a primeira adega cooperativa da região com o objetivo de controlar a produção vinícola. No entanto, foi apenas nos anos 80 que o Alentejo se submeteu à grande revolução na produção vitivinícola.
Demonstrando uma enorme capacidade de organização, os produtores alentejanos constituíram inúmeras associações, revitalizaram as cooperativas e encorajaram os produtores privados. Assim, o sector vitivinícola ganhou outra relevância, justificando a demarcação oficial da Região em 1988.
A Região Alentejana é uma zona muito soalheira, permitindo a perfeita maturação das uvas. O seu clima é temperado, com características mediterrânicas e continentais. Contudo, por vezes, torna-se muito quente no Verão, tornando-se indispensável regar a vinha. O índice de pluviosidade no Alentejo é muito baixo e não excede, em geral, os 60 mm, sofrendo, por isso, grandes períodos de seca.
O tipo de relevo predominante na região é a planície, apesar da Sub-Região de Portalegre sofrer a influência da serra de São Mamede. Aqui, as vinhas são plantadas nas encostas íngremes da serra ou em grandes planícies e em solos muito heterogéneos de argila, granito, calcário ou xisto.Os solos dominantes nas zonas vitícolas do Alentejo são de origem granítica, podendo também apresentar algumas manchas de derivados de xistos. São, regra geral, solos com médio a baixo nível de fertilidade.
Na Região Demarcada do Alentejo produzem-se vinhos de qualidade superior, produzidos a partir de um lote restrito de castas, recomendadas e autorizadas, obedecendo a um rigoroso processo de produção, sendo certificados pela Comissão Vitivinícola Alentejana. Entre elas destacam-se a Roupeiro, Antão Vaz e Arinto, relativamente às brancas. Em relação às castas tintas, salienta-se a importância das castas Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet.Além da produção nas oito Sub-Regiões DOC (Portalegre, Borba, Reguengos, Redondo, Évora, Moura, Vidigueira e Granja-Amareleja), o Alentejo apresenta uma elevada produção de vinhos regionais. Os produtores optam, muitas vezes, por esta designação oficial que permite a inclusão de outras castas para além das previstas na legislação de vinhos DOC. Assim, é possível encontrar vinhos regionais produzidos com Cabernet Sauvignon, Caladoc, Syrah ou Chardonnay e Viognier,


1) Sub-Região de Portalegre

2) Sub-Região de Borba

3) Sub-Região do Évora

4) Sub-Região de Redondo

5) Sub-Região de Reguengos

6) Sub-Região de Granja-Amareleja

7) Sub-Região de Vidigueira

8) Sub-Região de Moura


De néctar dos Deuses á vinho dos homens.

''Xenofonte amante do vinho,consagrou-te um tonel vazio ó Baco Aceita-o de bom grado ele nada mais possui'' (Erostótones)