segunda-feira, 16 de março de 2009

Um a adega bem montada...



deve apresentar diversidade e produtos para todas
as ocasiões. Tenha sempre alguns espumantes, vários brancos, tintos mais leves e
outros encorpados, vinhos de colheita tardia e também fortificados, como o Porto.
Também é recomendável ter garrafas de guarda, para abrir numa ocasião especial,
e outras mais simples, para consumir no dia-a-dia sem preocupação.

Toscana...



A Toscana disputa com o Piemonte o título de mais importante região vinícola da Itália.
Se no Piemonte a estrela é a uva Nebbiolo empregada nos Barolo e Barbaresco, na Toscana brilha a sedutora
Sangiovese, usada nos Chianti e nos cobiçados Brunello di Montalcino, que sem dúvida estão entre os ícones da
vinicultura mundial. Outro destaque são os chamados “supertoscanos”, vinhos feitos com uvas francesas como a
Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, sozinhas ou em cortes com a Sangiovese, gerando produtos incríveis
– supertoscanos como o Solaia estão entre os grandes vinhos do mundo.

Piemonte...



O Piemonte localiza-se no norte da Itália, a apenas 100 milhas dos Alpes – a tradução
literal de seu nome é exatamente “ao pé do monte”. E como os antigos romanos já diziam, “Bacco ama as
colinas”, em alusão à qualidade superior de vinhos de áreas montanhosas. De fato, o Piemonte origina alguns
dos mais elegantes e refinados rótulos do mundo. A grande estrela da região é a uva Nebbiolo, empregada
nos famosos Barolos (mais robustos e encorpados) e Barbarescos (mais delicados e femininos). Os melhores
exemplares desses vinhos são incrivelmente complexos e podem envelhecer por muitas décadas. Assim como
a francesa Borgonha, o Piemonte também é marcado pela importância do terroir e origina vinhos de personalidade
única.

Domaine De La Romanée-Conti



É muito difícil – talvez impossível – dizer qual o melhor vinho do mundo. Mas provavelmente se fosse realizado um levantamento
com os maiores especialistas, enólogos e produtores de todo o planeta, o título iria para as idolatradas garrafas dessa
mitológica propriedade. Indiscutivelmente o ápice da Borgonha – e, conseqüentemente, o ápice da elegância e da complexidade
que os vinhos podem atingir. Todos os produtos da DRC , sigla pela qual a propriedade é muitas vezes denominada, são
obras-primas. A jóia da coroa é o Romanée-Conti, a quintessência da uva Pinot Noir. O Montrachet é um branco glorioso, que
alia refinamento com uma potência arrebatadora e enorme longevidade.

Champagne



Não há rival entre os espumantes de qualquer parte do mundo para os
grandes da região francesa de Champagne, feitos com as uvas Chardonnay (branca), Pinot Noir e Pinot Meunier
(tintas). Apenas os espumantes feitos nessa região podem ser denominados champagne. Os vinhos dessa
denominação podem atingir enorme complexidade, exibindo aromas cítricos, de frutas secas, fermento de pão,
nozes, torrado e toques florais – e aliando tudo isso com leveza, graça e refinamento. Os melhores conseguem
envelhecer por décadas, embora os rótulos mais simples devam ser consumidos jovens. As bolhas são fruto de
uma segunda fermentação que ocorre nas próprias garrafas, o que se convencionou chamar de método champenoise.
Há champagnes feitos apenas com brancas (blanc de blancs) e também champagnes rosés, que podem
se maravilhosos e são os vinhos rosés mais sérios, complexos e com maior capacidade de envelhecer do mundo.

Riesling: a rainha das uvas brancas...



Na Alemanha – e cada vez mais em
outras partes do planeta – a Riesling
é considerada a rainha das uvas brancas.
Consumidores de vinho do mundo
todo estão descobrindo a Riesling
e seus encantos, que já são há muito
tempo conhecidos pelos especialistas.
Trata-se de uma variedade em


ascensão nas cartas dos melhores
restaurantes e nas adegas de pessoas
de bom gosto e bem informadas, que
querem uma alternativa à onipresente
Chardonnay. A Riesling também
faz sucesso entre os produtores:
há gente séria trabalhando com essa
variedade não apenas na Alemanha
e Alsácia, regiões clássicas para essa
casta, mas inclusive no Novo Mundo,
com destaque para ótimos exemplares
da Austrália e Chile. Os vinhos
dessa variedade estão entre os brancos
com maior potencial de envelhecimento.
São marcados por acidez
refrescante, vivacidade, aromas de
frutas brancas, flores e muitos toques
minerais. Além disso, a Riesling não
gera apenas vinhos secos excelentes,
mas também alguns dos melhores
vinhos doces do mundo, que rivalizam
com grandes Sauternes e Tokaj e
podem ser guardados por décadas.