terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dom Pérignon



Nada mais alegre e gratificante do que saudar a passagem do ano com estrelas imortais. Dizemos isso sob a inspiração do monge francês Dom Pérignon (1639-1715). Ao inventar o champanhe, ele teria exclamado diante do vinho borbulhante: “Estou bebendo estrelas!”. Cumprindo um desígnio mágico, ele trouxe o céu um pouco mais perto da terra, ou nos levou mais perto dele. Tanto faz. Mas não são estrelas vulgares, pois a cada ano o champanhe se impregna de melhor qualidade, sem perder a juventude e a vivacidade. O champanhe encontra a glória em poucas marcas disponíveis no mercado. É o caso do champanhe DOM PÉRIGNON.

A história
A luxuosa e famosa marca DOM PÉRIGNON pertencia a Maison Mercier, produtora de champanhe, mas não era utilizada. No fim do século XIX, uma jovem da família Mercier casou com um rapaz do clã Chandon. Como parte do dote, ofereceu a marca DON PÉRIGNON. Passaram-se anos sem que o nome fosse utilizado até que, em 1935, a equipe da Moët & Chandon resolveu fazer uma homenagem especial a seu distribuidor em Londres, Simon & Brothers, que comemorava aniversário. Engarrafou com a marca parte de um lote de champanhe da safra de 1921, que estava armazenado nas caves. Embarcou as caixas para Londres e o sucesso da extraordinária bebida foi absoluto. No ano seguinte, decidiu estender a brincadeira e mandou um novo carregamento, dessa vez aos Estados Unidos. O DOM PÉRIGNON foi o primeiro champanhe cuvée (safrado), o que lhe deu enorme prestígio

Aos poucos, a grife recém-criada - quase por acaso - passou a ser distribuída em diversos países e tornou-se emblemática. O nome do champanhe era uma homenagem ao monge Beneditino Pierre Pérignon chefe da cava da Abadia de Hautvillers entre 1668 e 1715, que inventou a famosa bebida cheia de bolinhas desenvolvendo o método tradicional de fabricação desse vinho espumante. Não por acaso, a empresa possui uma expressiva parcela dos vinhedos que anteriormente pertenciam à célebre abadia de Hautvilliers. Porém, a Moët&Chandon não foi a primeira a usar o nome do monge em seu produto. No século 19 pequenos produtores em Hautvillers dele fizeram uso para o seu vinho.

Em 1996, o renomado Richard Geoffroy assumiu o posto de enólogo responsável pela produção do champanhe DOM PÉRIGNON, degustando cerca de 10 mil garrafas de champanhe por ano e passando de 10 a 12 semanas por ano viajando pelo mundo para explicar a filosofia da marca. Uma década depois a marca inovou quando o famoso estilista alemão Karl Lagerfeld assinou a embalagem da edição limitada do novo champanhe DOM PÉRIGNON. Batizada de “A Bottle Named Desire” (“Uma Garrafa Chamada Desejo”), numa alusão ao filme “Um Bonde Chamado Desejo”, a bebida vinha em uma embalagem incrustada de jóias e com a assinatura do estilista ao preço de US$ 2.500.



Outros produtos de destaque da luxuosa marca são o champanhe top de linha DOM PÉRIGNON OENOTHEÉQUE (biblioteca do vinho em francês), indicando que a safra atingiu seu auge em termos de maturidade, com sua complexidade exacerbada, onde somente algumas garrafas são selecionadas entre as melhores de cada safra para envelhecer por mais alguns anos até atingir o máximo de sua excelência; o moderno cooler de alumínio para condicionar as exclusivas garrafas do famoso champanhe feitos pelo design Marc Newson; e o recém-lançado champanhe DOM PÉRIGNON ROSÉ VINTAGE, com aroma de frutas secas, como amêndoas e muito mais encorpada. Em 2007 a marca, mais uma vez, surpreendeu o mercado com um produto único: para celebrar as Festas de fim de ano, lançou a edição natalina com raros exemplares vintage de DOM PÉRIGNON ROSÉ (uma garrafa da safra 1966, duas garrafas da safra 1986 e três garrafas da safra 1996, acondicionadas com três flûtes de cristal num estojo de guitarra todo rosa, desenhado pelo estilista Karl Lagerfeld). Totalmente feitos à mão, os estojos de guitarra são revestidos com couro de perca. O forro, todo feito de couro de carneiro, possui cavidades para acomodar graciosamente as garrafas e as taças. O preço? Nada menos que 70.000 libras esterlinas (algo próximo a R$ 250.000). Quem a comprasse ganharia “de graça” uma degustação com um enólogo do DOM PÉRIGNON na Abadia de Hautvillers, na França, local de nascimento da marca.

A produção
Elaborada unicamente nos anos de excepcionais safras, a Cuvée DOM PÉRIGNON é produzida a partir das castas nobres de uvas Chardonnay e Pinot Noir dos vinhedos selecionados entre os melhores “crus” da região. Depois de um longo envelhecimento nas adegas subterrâneas (entre 6 e 8 anos), o champanhe adquire toda a sua fineza e complexidade. Mas, para alcançar essa sensação, o champanhe tem, desde o início, uma proporção que varia de 40% a 60% dessas duas uvas. É o limite, embora a presença delas no assemblage (mistura dos vinhos que, depois da segunda fermentação, resultará no champanhe) seja variável. São produzidas cerca de 5 milhões de garrafas de cada vintage. Os champanhes comercializados em 2008 são da excepcional safra do ano 2000. Já o champanhe rose é da safra de 1996.
Propagandas que fizeram história
Na década de 90 a marca começou sua associação com a fotografia, patrocinando várias exposições e amostras. Karl Lagerfeld não é apenas conhecido como diretor criativo das casas Chanel, Fendi e da sua própria marca, mas igualmente pela sua paixão pela fotografia. A associação do famoso estilista com a luxuosa marca de champanhe começou em 2007 quando a modelo tcheca Eva Herzigova foi a protagonista de uma campanha viral da marca criada por ele.



A campanha era composta por belas fotografias e pelo filme ROOM SERVICE (clique no ícone abaixo para assistir), que mostrava um relacionamento amoroso e casual entre uma mulher coberta de luxo e consumo e um homem sozinho num hotel de Paris. A única ligação que os dois têm é o fato de ambos beberem DOM PÉRIGNON ROSÉ. A trilha sonora é um clássico: Diamonds are a girl’s best friends (Diamantes são os melhores amigos das garotas), imortalizada na voz da atriz Marilyn Monroe.
Em 2008, o estilista voltou a ser convidado pela famosa marca francesa de champanhe para dar um toque de glamour e elegância ao seu produto. O alemão escolheu a belíssima modelo Claudia Schiffer para ser a “rainha do champanhe”. Na nova campanha da marca, a modelo posa vestida de época num suntuoso cenário do século XVIII. O encontro VIP para a campanha chamada Metamorphosis, que possui ainda evento de lançamento do champanhe DOM PÉRIGNON OENOTHEÉQUE, safra 1995, no dia 26 de fevereiro, no chique restaurante The Landau, em Londres, reuniu a celebrada modelo alemã em fotografias do conterrâneo estilista. O comercial teve como base 40 sensuais registros da modelo em diferentes poses e personagens (de secretária recatada, garçonete a mercê do amado patrão, patroa com sex-appeal avassalador, dominadora em couro preto, japonesa, militar aliciada por guardas, assim como os de dama francesa), alinhados à nova versão da famosa bebida. Uma das curiosidades é que Claudia contracena com o segurança particular de Karl, Sebastien Jondeau, que aparece beijando seu pescoço enquanto ela usa um visual à la Maria Antonieta.


Dados corporativos
● Origem: França

● Lançamento: 1935

● Criador: Moët & Chandon

● Sede mundial: Epernay, França

● Proprietário da marca: Moët & Chandon

● Capital aberto: Não

● Chairman: Bernard Arnault

● Diretor internacional: Daniel Gaujac

● Faturamento: Não divulgado

● Lucro: Não divulgado

● Produção: 5 milhões garrafas por safra

● Presença global: + 120 países

● Presença no Brasil: Sim

● Funcionários: 500

● Segmento: Bebidas alcoólicas

● Principais produtos: Champanhes
● Website: http://www.domperignon.com/

A marca no mundo

Atualmente o champanhe DOM PÉRIGNON é consumido e encontrado nos mais luxuosos restaurantes e ambientes em mais de 120 países ao redor do mundo.



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