quarta-feira, 25 de março de 2009

Valle de Fiambalá, Catamarca


No ano 2000, Pedro Vicien Arizcuren e Carlos Arizu deram início ao projeto Cabernet de Los Andes a fim de desenvolver vinhos orgânicos e biodinâmicos no remoto Valle de Fiambalá, um vinhedo excepcional por suas condições naturais geográficas.
A propriedade está localizada no Valle de Fiambalá, em uma área de 2.700 hectares, na encosta da Cordilheira dos Andes, fronteira com a província de Catamarca com a República do Chile, a 1.508 metros acima do nível do mar.
Problemas financeiros e de estrutura na história da vitinicultura Argentina enfraqueceram esta tradição, fazendo com que a vinícola Cabernet de Los Andes assumisse a reconstrução desta cultura, dando início a novas plantações de uvas finas.
O tipo de solo, as características naturais e o clima semi-árido, com precipitação anual inferior a 40mm, associada as variações de temperatura entre o dia e a noite, a existência de água na superfície e as camadas mais baixas, fazem desta zona ideal para a plantação de uvas com alta qualidade tipo: Merlot, Malbec, Cabernet, Bonarda, Tempranillo, as mais conhecidas.
Os vinhedos de Cabernet de Los Andes são desenvolvidos nestas terras ricas, sendo variável a faixa etária dos vinhedos, porém a maior parte é de uma recente implantação feita com vinhas totalmente renovadas.
A vinícola foi construída em um novo e moderno edifício, em uma das ruas de acesso à fazenda, sendo o galpão desenvolvido em uma área de 16x24m², com 6m de altura as paredes e teto isolado contra temperaturas excessivas, devido às chuvas serem escassas.
A propriedade está vinculada à rede de transporte, tendo-se acesso com linhas de ônibus que ligam Fiambalá com o resto do país. Uma nova estrada une Fiambalá com San Francisco, na fronteira com o Chile, permitindo acesso aos portos dos países vizinhos sobre o Oceano Pacífico, local de exportação para a Costa Oeste dos EUA, Canadá, Extremo Oriente e países sustentados pelo desenvolvimento econômico.
Todo equipamento da vinícola necessário para atender o processo de produção, consiste em máquinas respaldadas dos mais conhecidos fabricantes. O tamanho é adequado para atender as necessidades atuais, podendo assumir uma demanda maior sem grandes alterações.
O desafio: conduzir água da irrigação através das dunas desta região desértica, que possui 1.400 a 1.800 metros de altitude. Aproveitar o intenso sol do meio-dia e ainda proteger as vinhas da geada associada com as noites frias.
A lição: indígenas locais eram capazes de colher nessas terras, antes mesmo dos Incas chegarem nesta região. Os vinhedos Bonarda, que antigamente eram cultivados pela tradicional família Graffigna, 50 anos antes, encontraram um meio de sobreviver apesar de terem sido abandonados.
Os vinhedos: na fazenda "Las Retamas" 25 novos hectares de vinhedos foram plantados e 20 hectares dos vinhedos antigos existentes foram enxertados com Malbec, Cabernet Sauvignon, Tannat e Syrah. Os vinhedos antigos de Bonarda foram tratados e recuperados. Outras 50 hectares de pequenos vinhedos pertencentes às antigas famílias locais também foram enxertados.
A OIA é uma organização que supervisiona a cultura de práticas orgânicas. São tomados diversos cuidados para seguir os métodos tradicionais de poda e manejo assim como as cerimônias nativas que precedem à colheita.
A vinícola: em 2002, a primeira safra foi elaborada na vinícola, recém inaugurada. Atualmente, sua capacidade é de 250.000 litros de pequenos tanques de aço inox, tanques de cimento, e barris de carvalho americano e francês. Em 2008, a capacidade foi projetada para 500.000 litros.
Os vinhos: os vinhos de Fiambalá são reconhecidos por sua intensidade de cores e sabores. Sob a condição desértica dramática e as mudanças de temperatura, que muda do dia para a noite, as uvas concentram seus sabores.
http://www.tizac-vicien.com/

Um comentário:

  1. Excelente vinhos Tizac Bonarda Reserva 2006 e Cabernet Sauvignon Reserva 2006, robustos, aveludados, elegantes, cheios de sabores e aromas para serem descobertos.

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