sábado, 22 de agosto de 2009

EVOLUÇÃO PELA SELEÇÃO NATURAL!!!


Na foto acima temos a famosa cena do Filme de Ingmar Bergman: O Sétimo Selo. Nesta foto se revela uma alegoria em preto e branco sobre a busca infinita pelo sentido em um mundo caótico: o mundo do século XIII, devastado pela Peste Negra. A Morte joga xadrez com o cavaleiro Antonius Block (Max Von Sydow) em cena antológica. EVOLUÇÃO PELA SELEÇÃO NATURAL!!! " A 15 de junho de 1215, em Runnymede, Inglaterra, um punhado de senhores feudais, amotinados, arrancaram do rei João um documento, a Magna Carta, que os protegia de alguns caprichos de seu rei. Embora longe, por exemplo, do sufrágio universal, a Magna Carta é certamente a precursora da Liberdade como a conhecemos:"Nenhum homem livre será capturado, ou aprisionado, ou privado de suas posses, ou proscrito, ou exilado, ou de algum modo destruído, nem o atacaremos, nem mandaremos aprisioná-lo exceto por meio de ulgamento legal de seus pares, ou pela lei da terra... Todas as pessoas devem ser Livres e de bons costumes, para ir e vir, exceto proscritos e prisioneiros."Década de 1840!"A ciência pode mudar as coisas", disse-nos Francis Bacon. No espaço de cinqüenta anos, Isaac Newton destrancara os segredos do movimento. Isto foi seguido rapidamente por uma explosão de conhecimento em medicina, agricultura e economia. Numa explosão de atividade, os dois séculos seguintes testemunharam seres humanos mudando seus reis, sua divindade e a própria Natureza. Talvez os seres humanos, como indivíduos, pudessem até mudar a si próprios. Mas para isso se tornar plausível a rachadura final, que foi o livre arbítrio, tinha que aparecer. E o fez, num disfarce enganadoramente acadêmico - um debate entre teólogos.Na década de 1480 os heréticos foram queimados na fogueira por toda a Europa. O infame "Malleus Maleficarum", um guia para detectar feitiçaria e feiticeiras e torturá-las até que confessassem havia sido publicado. Com o fedor da carne queimada nas narinas, Giovane Pico della Mirandola, um jovem aristocrata de Ferrara, chegou até Roma e desafiou o dogma da não plasticidade humana. Em seu discurso, A Respeito da Dignidade do Homem, Pico escreve que seu Deus diz a Adão:"Nem um lugar determinado para habitar, nem uma forma única, nem um papel peculiarmente seu nós lhe demos, ó Adão, para que possa ter e possuir habitação, forma e papéis a que você próprio aspire segundo seu desejo e como decidir. A natureza de todo o resto é definida e englobada por leis prescritas por nós; mas você, não restringido por qualquer limitação, por seu próprio livre-arbítrio em cujas mãos o coloquei, indicará a sua própria natureza."Pico deleitava-se com a visão de que o homem é livre para escolher!!!Foi por este motivo que o Papa condenou e excomungou (tornar maldito, esconjurar, exorcizar, exorcismar, condenar, reprovar) Pico além de proibir de forma impetuosa e veemente os seus textos. Pico vagou descalço pelo mundo e morreu com a idade de 31 (trinta e um) anos.Trinta anos após a morte de Pico, a Reforma protestante estava em pleno vigor. A Igreja católica perdera seu monopólio da vida espiritual na Europa. A Reforma, contudo, decididamente não foi uma celebração de livre-arbítrio. Lutero descartara o Livre-arbítrio, considerando que a humanidade tinha sido criada má e imponente: "Todos são decaídos, todos nós merecemos a danação".Ano de 1858!O biólogo inglês Charles Robert Darwin (1809 - 1882), como muitos outros biólogos, acreditava que as formas de vida tivessem evoluído; que, com o tempo, algumas espécies se teriam transmutado em uma outra espécie relacionada, enquanto que outras se tornariam-se extintas. Mas não conseguia entender qual o mecanismo que teria impulsionado essa evolução.Em 1838 leu Malthus e percebeu que não eram somente os seres humanos que se multiplicavam além do suprimento disponível de alimento, mas todas as coisas vivas.Conseqüentemente, em cada geração, havia uma competição pela sobrevivência entre os seres que excediam e as chances de sobrevivência ficava entre aqueles que conseguiam apoderar-se de mais alimento ou melhor fugir dos predadores. Resumindo, a própria natureza selecionaria uns poucos entre muitos para sobreviver.As características que propiciavam a sobrevivência seriam herdadas pela prole dos sobreviventes e novamente haveria uma seleção natural. Darwin presumiu que sempre existiriam variações entre os descendentes, talvez pequenas variações ao acaso e que a natureza usaria essas variações como meio de seleção, por assim dizer. As "melhores" entre as variações nem sempre se sairiam melhor, pois sempre haveria o fator sorte, mas no geral, isso aconteceria.Darwin teorizava assim sobre a evolução pela seleção natural. Sabendo que essa idéia criaria uma controvérsia enorme e sendo uma pessoa educada que não suportaria participar de azedo debate, passou vinte anos juntando argumentos que corroborassem seu ponto de vista, na esperança de que, quando o divulgasse, as evidências seriam tão surpreendentes que evitariam as discussões sobre o assunto. (Nesse aspecto, foi muito ingênuo, pois não contou com a força que os seres humanos podem afastar-se dos fatos para ligarem-se às superstições).Em 1858, outro biólogo inglês, Alfred Russel Wallace (1823 - 1913), encontrava-se nas índias Orientais. Também lera Malthus, chegando à noção da evolução pela seleção natural. Não sendo perturbado pelo medo que Darwin tinha a respeito de controvérsia, Wallace passou suas teorias para o papel em três dias. Então, com a intenção de que seus pontos de vista fossem examinados por um especialista, enviou seu relatório de onze páginas a Darwin, que mal acreditou quando seus olhos mostraram-lhe antecipação de seus próprios conceitos.Não havia mais nada que Darwin pudesse fazer além de sugerir uma publicação conjunta e isso foi executado imediatamente. No ano seguinte, 1859, Darwin publicou relutamente um livro, mais conhecido como A Origem das Espécies, no qual apresentava sua teoria detalhadamente (aindaque não tanto quanto gostaria, pois planejava um livro cinco vezes maior, pelo menos).O livro de Darwin foi a obra científica mais notável desde o grande clássico de Newton. Foi o alicerce de uma nova biologia, assim como a de Newton tinha sido fundamento de uma nova física. Mudou a própria corrente de pensamento dos indivíduos e o mundo nunca mais foi o mesmo.No entanto, quando Darwin escreveu seu livro sobre a evolução, evitou deliberadamente discutir a evolução humana para evitar controvérsias. Entretanto, era impossível imaginar que a evolução biológica houvesse formado a vida em geral, mas que de alguma forma obscura não tivesse tocado os seres humanos. Rapidamente percebeu-se, então, que não faria sentido ignorar o mais importante de todos os aspectos da evolução (para os seres humanos, naturalmente).Agora, em 1871, Darwin publicou A Origem do Homem, no qual especificamente aplicava os princípios da evolução aos seres humanos. Nesse livro, chamava a atenção para vestígios de órgãos, nos homens, que eram uma evidência de sua horigem não humana: os traços de pontas nas orelhas, a existência de músculos inúteis, que em outras eras serviriam para movê-las, os quatro pequenos ossos no final da espinha que teriam sido ossos de uma possível cauda e assim por diante.Não existiam ainda remanescentes fósseis, porém, que pudessem dar maiores informações sobre a ascendência do homem. (Até mesmo os *Neanderthal eram muito parecidos conosco para poderem ser úteis nesse aspecto.* [Do top. al. Neanderthal (v. neandertalense).] 1.Antrop. Diz-se de, ou hominídeo paleolítico, Homo sapiens neanderthalensis, identificado a partir de fósseis encontrados numa gruta na região de Neanderthal (Alemanha).

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